Em um mercado tão competitivo como a confecção é muito importante estabelecer estratégias de mercado, de atendimento e fidelização de cliente a sua marca mas é importante olhar os custos invisíveis de toda a empresa.

” Tão importante quanto saber onde aplicar seu dinheiro é também saber onde é possível economizar “

Os custos invisíveis não são privilégio de empresas enormes, pessoas autônomas também podem ter este problema e, caso não deem uma atenção devida, isso fatalmente irá gerar prejuízos.

Basicamente, os principais custos invisíveis estão no funcionamento da estrutura organizacional, na atuação dos profissionais que compõem a equipe de trabalho, nas atividades dos profissionais e na tecnologia usada (na realidade na ausência dela).

Há estudos, como o feito por Antônio Augusto Moreira, diretor do site Dia a Dia Empresarial, e divulgado pelo site da Amcham Brasil, que apontam que os custos invisíveis em uma empresa representam, geralmente, de 20% a 30% de todos os recursos gastos.

Se pararmos para pensar nas confecções de pequeno a médio porte, que faturam em média R$ 300 mil por mês, esses custos invisíveis representam R$ 90 mil. Isso significa que, se o processo desta empresa estivesse funcionando da forma mais eficiente possível, a companhia poderia registrar um lucro mensal superior a R$ 90 mil em relação ao atual.

Vamos as Dicas…

#1 – Postergação na tomada de decisões relevantes e importantes, algumas decisões não são fáceis de serem tomadas e, em alguns casos, o gestor está tão estressado que, diante de um problema subjetivo (não vai impactar diretamente a venda do produto) ele acaba adiando ou evitando tomar as decisões necessárias.

#2 – Arquivos desorganizados, a desorganização de informações dentro da confecção é muito grande. Isso ocorre porque a gerencia ou supervisão tem uma maneira de ‘enxergar’ o processo e desenvolve o controle produtivo a partir da sua visão.

#3 – Decisões tomadas de forma tempestiva, conflitos internos entre colaboradores ou diretoria produzem conflitos e estes conflitos muitas vezes estão no centro das tomadas de decisões da empresa. As vezes, se abstrairmos a tecnicidade do assunto em pauta, veremos um bando de “adolescentes tentando provar quem tem o bíceps maior”.

#4 – Processos não definidos ou que não tenham padronização, em confecção nem tudo é tão repetitivo, especialmente em alguns nichos de mercado como aqueles direcionados a classe C, por exemplo. Isto também não significa que a falta de métricas para trabalhar não seja importante, ter claro os objetivos e metas que se pretende obter com a coleção e os caminhos necessários para atingi-los é fundamental estar visível a todos que estão dentro do processo. Outro tipo de padronização é quanto a maneira de tratar cada assunto dentro da empresa, é fundamental que o processo de gestão seja entendido, cada colaborador precisa saber o que ocorre antes da sua fase e o que ocorre depois.

#5 – Desperdício de matéria-prima, estamos nos referindo não apenas ao que se diz respeito ao risco e os retalhos de uma produção, já tivemos a oportunidade de conhecer confecções que, para gerar um estoque menor ela produzia a calça jeans com uma medida máxima ( tipo 1,9mts de comprimento), a medida que os pedidos iam chegando, ela ajustava as peças de acordo com o pedido. Isso é bem arriscado, não somente do ponto de vista do custo perdido mas, do retrabalho. É necessário avaliar com cuidado para não acumular retrabalho e jogar seu lucro no lixo.

Temos um material exclusivo onde tratamos com mais profundidade sobre este assunto.

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